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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

História em movimento

Nos últimos meses foram publicados vários títulos interessantas pela Editora FGV, no campo da teoria e história da historiografia, e cinema e história, os quais deixamos abaixo indicados: Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão; Correntes históricas na França: séculos XIX e XX; Tempo presente & usos do passado ; História e documentário

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda

No final do mês passado foi publicado pela Edusp uma nova coletânea de ensaios que versam sobre a atualidade da obra de Sérgio Buarque de Holanda, e conta com textos de Antonio Candido, Laura de Mello e Souza, Antonio Arnoni Prado, Maria Odila Dias, dentre outros. Referência da obra: MARRAS, S. (org.) Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda. São Paulo: Edusp, 2012. Para saber mais: http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=413896

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vanguardas em retrocesso

No final de setembro foi lançado o novo livro de Sérgio Miceli, Vanguardas em retrocesso, no qual discute a ação e as estratégias dos letrados latino-americanos, especialmente, brasileiros e argentinos, nas primeiras décadas do século passado, cujo norte orientador estava em traçar os pontos de aproximação e os distanciamentos sob os quais se forjaram o modernismo entre cada um daqueles países. Daí a importância de conjecturar quais as estratégias e as disputas pelo poder que estavam então em questão, com base numa análise minuciosa da trajetória de: Jorge Luis Borges, Mário de Andrade, Lasar Segall, Xul Sola, dentre outros. Para maiores detalhes ver: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13354.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A correspondência de Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda

Acaba de ser publicada pela Companhia das Letras as correspondências trocadas entre Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda, durante o período de 1922 a 1944. A obra foi organizada cuidadosamente por Pedro Meira Monteiro, que em notas explicativas muito bem formuladas dá indicações dos diálogos, dos temas e dos personagens que são trazidos por Mário e Sérgio. Que, aliás, ao longo dos anos foram formando uma grande amizade, além de uma parceria intelectual, na qual as discussões sobre a história e a crítica literária e a produção romanesca no país e no exterior estavam a cercear boa parte das missivas. Para maiores detalhes ver: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13372. MÁRIO DE ANDRADE E SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA - Correspondência, Cia. das Letras, 2012. Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda

domingo, 14 de outubro de 2012

A coleção ArteFíssil

A coleção ArteFíssil, da Editora Contraponto, tem lançado obras muito interessantes no campo da epistemologia das imagens, da análise das imagens figurativas e sobre a constituição da modernidade, especialmente, em seus desdobramentos do século XIX para cá. Entre os títulos já publicados, destaque-se: O destino das imagens (2012); As distâncias do cinema (2012); Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX (2012); Benjamin e a obra de arte: técnica, imagem, percepção (2012). A coleção é dirigida por Tadeu Capistrano da Escola de Belas Artes da UFRJ. Para maiores detalhes ver: http://www.contrapontoeditora.com.br/produtos/destaques.php

Coleção Grandes Temas e Debates

A Editora Argos, desde 2008, tem se dedicado a publicar obras de relevo, que tem sido agrupadas em suas coleções: Grandes Temas e Debates. Entre esses títulos, pode-se destacar: Exercícios críticos: leituras do contemporâneo (2008); O que é o contemporâneo? (2009); Crítica literária, em busca do tempo perdido? (2011); História, verdade e tempo (2011); Roger Chartier: a força das representações (2011); E. P. Thompson: política e paixão (2012). Para saber mais ver: http://www.isthmus.com.br/argos/colecao/grandes-temas/4-1-1-4-1/produtos.aspx

sábado, 13 de outubro de 2012

A obra de Roger Chartier

Acaba de ser publicado mais dois livros de Roger Chartier: O que é um autor? pela Edufscar, e Cardenio - entre Cervantes e Shakespeare, pela Civilização Brasileira. Mesmo sendo particularmente conhecido por sua obra A história cultural: entre práticas e representações (de 1990), seus textos são hoje numerosos e conhecidos, especialmente no Brasil onde sua obra ainda tem gerado grande impacto sobre a produção histórica, em função da recepção da Nova História Cultura, além de inspirar programas de pós-graduação, linhas de pesquisa, o uso de procedimentos e o estudo de certos temas. Ao lado desses livros ainda se encontram: História da leitura no mundo ocidental (em dois volumes, em parceria com Guglielmo Cavallo, de 1998); A ordem dos livros (1998); A aventura do livro (1998); Cultura escrita, literatura e história (2000); Práticas da leitura (2000); A beira da falésia (2002); Do palco a página (2002); Os desafios da escrita (2002); Formas e sentido (2003); Leituras e leitores na França do Antigo Regime (2004); Inscrever e apagar (2007); Origens culturais da Revolução Francesa (2009); A história ou a leitura do tempo (2009); O sociólogo e o historiador (2011); Roger Chartier - a força das representações (2011).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A escrita da História: a natureza da representação histórica

Acaba de ser publicado o livro: A escrita da História: a natureza da representação histórica, de Franklin Rudolf Ankersmit, no qual discute, entre outras coisas, como nos informa o resumo dos textos apresentado pela Eduel: "inéditos [...] que expressam as preocupações mais atuais da escrita da história, acompanhados por uma entrevista, também inédita, de Frank Ankersmit. Os textos e a entrevista são apresentados em capítulos, a saber-: Capítulo 1: O uso da linguagem na escrita da história; Capítulo 2: Virada Linguística, teoria literária e teoria da história; Capítulo 3: Da linguagem para a experiência; Capítulo 4: Experiência histórica: além da Virada Linguística; Capítulo 5: Representação e Referência; Capítulo 6: Verdade na história e na literatura; Capítulo 7: Sobre história e tempo; Capítulo 8: Entrevista com F. R. Ankersmit". A obra foi publicada pela Editora da Universidade Estadual de Londrina (a Eduel), com a competente tradução de Jonathan Menezes; Gisele Iecker de Almeida; Maria Siqueira Santos e Alfredo dos Santos Oliva. Além disso, o livro será lançado amanhã, 12/10/2012, na abertura do XIII Encontro Regional da Anpuh/PR, e conta com a presença do autor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A obra de Giorgio Agamben

Assim como a obra de Jacques Rancière está passando por um momento promissor de tradução e publicação no Brasil (e em Portugal), o mesmo tem acontecido com a obra de Giorgio Agamben. Dentre os seus vário livros publicados, já estão disponíveis em português: A comunidade que vem (1993) Ideia da prosa (1999) Infância e história (2003) Estado de exceção (2005) Profanações (2005) Homo sacer (2006) Estâncias (2007) O que resta de Auschwitz (2008) O que é o contemporâneo? (2009) O sacramento da linguagem (2011) O reino e a glória (2011) O homem sem conteúdo (2012) Ninfas (2012). Uma boa introdução a sua obra pode ser encontrada em: Edgardo Castro. Introdução a Giorgio Agamben: uma arqueologia (2012).

A obra de Jacques Rancière no Brasil

Aos poucos a obra de Jacques Rancière tem sido traduzida e publicada no Brasil. Autor de obra importante e fundamental para as Humanidades, sua contribuição para a discussão da epistemologia das imagens, da constituição do discurso, inclusive, o histórico, e sobre os processos de ensino-aprendizagem, tem se evidenciado de forma cada vez mais intensa no debate internacional. No Brasil já se encontram traduzidas: A noite dos proletários (1988) Os nomes da História (1992) Políticas da escrita (1995) O desentendimento (1996) O mestre ignorante (2004) A partilha do sensível (2005) O inconsciente estético (2009) O destino das imagens (2012) O espectador emancipado (2012). Além desses títulos já está programada a publicação de Desvios do cinema, que deverá ser publicada até o final do ano pela Editora Contraponto.

domingo, 23 de setembro de 2012

Relatos totalizadores e crise de projetos sociais

Acaba de ser lançada a tradução do novo livro de Nestor Garcia Canclini, no qual o autor discute a profunda ausência de relatos totalizadores no período contemporâneo, circunstanciando uma verdadeira crise de valores, além da escassez de propostas de transformação social, o que tem propiciado em suas palavras "uma sociedade sem relato(s)". Referência completa: CANCLINI, N. G. A sociedade sem relato: antropologia e estética da iminência. São Paulo: Edusp, 2012.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Linguagem, cultura e conhecimento histórico: ideias, movimentos, obras e autores


Em setembro de 2012 sairá pela Editora Paco Editorial o livro Linguagem, cultura e conhecimento histórico: ideias, movimentos, obras e autores, de Diogo da Silva Roiz. Para que o leitor possa acompanhar desde agora algumas das características da obra, segue pequeno resumo abaixo:

 
Como Quentin Skinner respondeu ao desafio do linguistic turn ao contextualismo linguístico inglês? De que maneira os historiadores se posicionaram, quando, a partir dos anos 1960, se tornou mais corriqueira a evidência de uma relação ambígua no campo dos estudos históricos, ao ser situado entre a ‘ciência histórica’ e a ‘arte narrativa’? Ao mesmo tempo, como os historiadores responderam as indagações lançadas, de um modo mais sistemático, pela ‘virada linguística’, e pela obra de Hayden White, as suas estratégias de reconstituição do passado, aos seus princípios de realidade, as suas assertivas quanto à verdade e ao uso que faziam das fontes textuais para interpretarem as peculiaridades e as características de um dado contexto histórico? Por outro lado: como as fontes literárias podem ser utilizadas na pesquisa histórica? Como a obra de um romancista (a exemplo de Franz Kafka) pode servir de base para a análise de um ou vários contextos, e que relações se formariam entre texto e contexto? Como os historiadores (a exemplo de Georges Duby) fizeram uso das fontes literárias? Essas foram às indagações que nortearam as reflexões contidas neste livro.

“Em um primeiro plano, os ensaios reunidos na obra Linguagem, cultura e conhecimento histórico: ideias, movimentos, obras e autores problematizam o debate sobre os limites entre a Literatura e a História, concentrando-se na segunda metade do século XX, e reconstituindo com desenvoltura e lucidez os argumentos de seus protagonistas, como Carlo Ginzburg, Peter Burke, Quentin Skinner, Paul Ricoeur, Reinhart Koselleck, Jörn Rüsen, dentre outros. Em um plano subjacente, os ensaios podem ser encarados como um mapeamento dos temas e dos autores de maior impacto no cenário acadêmico brasileiro das últimas décadas. A capacidade de síntese de Diogo Roiz demonstrada nestas páginas gera subsídios para uma avaliação crítica sobre a pertinência do debate entre Literatura e História nos dias de hoje, bem como a uma indagação sobre seus rumos no futuro – tendências que são ligadas à própria formação do campo dos estudos em História da Historiografia e Teoria da História no Brasil.”

Thiago Nicodemo (Professor visitante na UFES)

“Este livro de Diogo Roiz escrutina um tema candente em inúmeras reflexões historiográficas contemporâneas, centradas no debate em torno da narrativa histórica e das relações entre a História e a Literatura” 

                                                           Julio Bentivoglio (Professor da UFES, do Prólogo).

 "Diogo Roiz traz, no presente livro, um panorama atual dos debates sobre uma pseudo-oposição entre História e Literatura, que alimentou não poucos autores, desde as reações céticas do século 19 quanto à cientificidade da História, dentre as quais se destaca a de Nietzsche. Roiz tem o mérito da erudição e do equilíbrio na apresentação dessas polêmicas. Indica os principais pontos de referência da discussão contemporânea e suas raízes na tradição filosófica. Roiz aponta para o dilema da História, enquanto contraposta ou aliada à Literatura, que submete à reflexão do leitor: ou manter-se como especialidade independente, ou morrer diluída em outros campos".

                  Estevão Rezende Martins (Professor titular na UnB, da Apresentação)

 
“Ademais, trata-se de um trabalho que tem como méritos, entre outros, o ser atual.” 

Jurandir Malerba (Professor da PUC/RS, do Prefácio).


Segue abaixo o sumário do livro:


Prólogo (Julio Bentivoglio)
Apresentação (Estevão Rezende Martins)
Prefácio (Jurandir Malerba)
Introdução e agradecimentos


Parte I – História e Literatura


1. Linguagem e cultura: o desafio do ‘linguistic turn’ ao contextualismo inglês
2. O ofício dos historiadores: entre a ‘ciência histórica’ e a ‘arte narrativa’
3. A reconstituição do passado e o texto literário: a resposta dos historiadores à ‘virada linguística’

Parte II – Literatura e História

4. Os ‘prêmios’ e os ‘castigos’ do cativeiro entre Portugal e Brasil: as relações entre ‘escravos’ e ‘senhores’ nas peças teatrais dos séculos XVIII e XIX
5. As metamorfoses de uma obra: leitores e leituras dos textos de Franz Kafka (1883-1924
6. Literatura e leituras do milenarismo em Georges Duby (1919-1996

Epílogo
Apêndice
Referências Bibliográficas

terça-feira, 10 de julho de 2012

As correntes históricas na França

Acaba de ser publicada a tradução de As correntes históricas na França - séculos XIX e XX, pela Editora Unesp, em coedição com a FGV, de autoria de François Dosse, Patrick Garcia e Christian Delacroix. O texto faz uma analise minuciosa das principais correntes e dos principais debates do período, apontando as disputas pelo poder, questões em debate e os modelos de escrita da história.

sábado, 16 de junho de 2012

História & Teoria

Com uma regularidade imprecionante de textos publicados em revistas especializadas e na forma de livros, José Carlos Reis (professor na UFMG) nos brinda com mais um título interessante: História & Teoria: tempo histórico, história do pensamento histórico ocidental e pensamento brasileiro, que acaba de sair pela Editora da Fundação Getúlio Vargas (a FGV). Apesar de não haver a indicação 2 no título, nitidamente o autor dá continuidade aos estudos de História & Teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade, publicado pela mesma editora em 2003 (e que já está em sua terceira edição). Convém, de imediato, indicar que a obra de José Carlos Reis já é bem extensa, das mais ricas publicadas no Brasil dos anos 1990 para cá na área de teoria e metodologia da História, e em que se encontram: Nouvelle Histoire e tempo histórico. A contribuição de Febvre, Bloch e Braudel (São Paulo: Ática, 1994); Tempo, História e Evasão (Campinas/São Paulo: Papirus, 1994); Annales: a renovação da história (Belo Horizonte: Editora da Ufop, 1996); A História: entre a filosofia e a ciência (São Paulo: Ática, 1999, 2ª Edição); As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC (Rio de Janeiro: FGV, 1999); Escola dos Annales. A inovação em História (São Paulo: Paz e Terra, 2000); Wilhelm Dilthey e a autonomia das ciências histórico-sociais (Londrina: Eduel, 2003); As identidades do Brasil 2 (Rio de Janeiro: FGV, 2006);O desafio historiográfico (Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010); e História da “consciência histórica” ocidental contemporânea: Hegel, Nietzsche, Ricoeur (Belo Horizonte/MG: Autêntica, 2011). Alguns desses livros já tiveram várias edições, como é o caso de As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC que já está em sua 9ª Edição, o que por si só deve ser saudado, pois, este é um campo de pesquisa em que normalmente as obras publicadas não contam com tamanha aceitação pelo público, especialmente, o de não especialistas.
Nesse novo livro, José Carlos Reis nos oferece um rico painel sobre a história da historiografia e a teoria da história desde o século XIX até meados do XXI, tendo em vista, especialmente, as obras de Paul Ricoeur, Fernand Braudel, Claude Lévi-Strauss, Henri Berr, Dilthey, Weber e Marx. Além de efetuar ricas comparações e distinções entre cada um deles, o autor procura pensar tanto a história do pensamento histórico ocidental, quanto a do pensamento brasileiro. De modo que é de saudar mais esta obra do autor, e que vem acrescentar questões e análises sobre a teoria e a história da historiografia, inclusive, a nacional.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

As transferências culturais na historiografia brasileira: leituras e apropriações do movimento dos Annales no Brasil


Em Agosto de 2012 estará disponível o livro: As transferências culturais na historiografia brasileira, de autoria de Diogo da Silva Roiz e Jonas Rafael dos Santos, publicado pela Editora Paco Editorial. Abaixo deixamos alguns pontos do livro para que o leitor já possa ter um primeiro contato com a obra:

"O principal objetivo desta pesquisa é estudar algumas leituras, interpretações e apropriações que foram feitas no Brasil sobre o movimento dos Annales, que teve origem na França em 1929, com a criação da Revista Annales d’Histoire Economique et Sociale, efetuada por Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956), e que ao longo dos anos reuniu intelectuais de várias partes do mundo. Para empreender esta análise, abordou-se o surgimento da revista na França e os desdobramentos de suas fases, sua repercussão em outros países, e a maneira como foi recebida no Brasil, a partir dos anos iniciais da década de 1930, em função da cooperação estabelecida entre Brasil e França, por meio da ‘missão francesa’ e a vinda de profissionais franceses (e de outros locais da Europa), para contribuirem com o desenvolvimento das ‘novas’ áreas do conhecimento criadas no Brasil, com a fundação das primeiras universidades do país. Daí os questionamentos: a) qual a contribuição do movimento dos Annales para a renovação dos estudos históricos no século XX?; b) e quais leituras, interpretações e apropriações foram feitas desse ‘movimento intelectual’ no Brasil?" (Da introdução).

"Diogo da Silva Roiz e Jonas Rafael dos Santos nos apresentam, com esta obra sobre a Escola dos Annales e sobre a historiografia brasileira, um conjunto de cuidadosos estudos que versa simultaneamente sobre a nossa historiografia e sobre este movimento de historiadores franceses que teve e tem tanta importância para a formação dos historiadores brasileiros. Como se sabe, um dos maiores vínculos historiográficos do Brasil se estabeleceu com a França, em um contexto que remonta à estadia de Fernand Braudel e outros intelectuais franceses no Brasil durante os anos 1930. De lá para cá, os vínculos historiográficos entre Brasil e França se fortaleceram cada vez mais, e o movimento dos Annales, em particular, tornou-se emblemático para os historiadores brasileiros. É neste sentido que é mais do que oportuna esta obra, que se dedica a estudar as “leituras e apropriações do movimento dos Annales no Brasil”, entre outras temáticas relacionadas a este famoso movimento historiográfico. Trata-se de um meticuloso conjunto de trabalhos de historiografia que se apóia em fontes diversificadas, ora analisadas serialmente, ora qualitativamente, e que, além de dialogar com a historiografia nacional e internacional que têm tangenciado as mesmas temáticas, é bem sucedido em problematizar esta complexa relação entre as historiografias francesa e brasileira". (José d'Assunção Barros, do Prefácio).

"Como explicar, então, a recepção dos Annales no Brasil? Como justificar sua longevidade, após os anos 1980? A resposta a estas questões inspirou a pesquisa de Diogo da Silva Roiz e de Jonas Rafael dos Santos. [...] Ricamente documentado, este livro apresenta a densidade e o rigor de uma pesquisa, que percorre diferentes obras (francesas e brasileiras), tentando questionar sobre a inexistência de teorias historiográficas realmente adaptadas à realidade nacional." (Helenice Rodrigues da Silva, da Apresentação).

"O leitor será surpreendido com o capítulo “Da França para o Brasil” ao se deparar com a análise da recepção do Marxismo e da ‘Nova História Cultural’ no Departamento de História da UNESP, campus de Franca. Diogo Roiz e Jonas Santos fizeram um mapeamento minucioso a respeito da formação de 15 docentes desse Departamento a partir dos temas das dissertações, das teses de doutoramento, das teses de Livre-Docência, dos trabalhos orientados no âmbito da Pós-Graduação, de memoriais e entrevistas. Conseguiram adentrar um espaço que combina formações marcadamente marxistas e grande apreço à história proposta por Braudel, com a leitura “abrasileirada” que esses docentes fizeram da ‘Nova História Cultural’. Ao leitor iniciante esse texto instigará pelos problemas propostos e pelo grande mérito de reunir uma bibliografia já consagrada e novas interpretações a respeito dos Annales, servindo assim, como um guia de estudos, e ao experiente leitor surpreenderá pela dedicação a um corpus documental ainda pouco explorado." (Karina Anhezini, do Prólogo)


O livro está assim dividido:

Sumário:

Prólogo (Karina Anhezini)
Apresentação (Helenice Rodrigues da Silva)
Prefácio (José D’Assunção Barros)

Introdução e agradecimentos
Capítulo – 1:
A invenção de uma tradição: “A Escola dos Annales
Capítulo – 2:
A interpretação da “História total” no pensamento de Fernand Paul Braudel entre 1949 e 1958 
Capítulo – 3:
Limites e possibilidades de pesquisa entre a "História das Mentalidades" e a "Nova História Cultural"  
Capítulo – 4:
A recepção da ‘Escola dos Annales’ na Europa e nas Américas: algumas reflexões
Capítulo – 5:
Os Annales no Brasil: a intitucionalização do ensino universitário de  Geografia e História na FFCL/USP entre 1934 e 1956
Capítulo – 6:
Historiadores Brasileiros e Franceses: uma hipótese para a recepção da ‘Escola dos Annales’ no Brasil
Capítulo – 7:
Da França para o Brasil: leituras e apropriações do Marxismo e da ‘Nova História Cultural’ num departamento de História

Epílogo:
Como os historiadores escrevem a(s) (suas) história(s)
Apêndice
Fontes e Referências Bibliográficas